quinta-feira, 29 de setembro de 2011

EMPREENDEDORISMO


O termo empreendedorismo (entrepreneurship), originário da França e


tendo como um dos fundadores Richard Cantillon (importante escritor e economista


do século XVII), é utilizado para denominar os estudos em relação ao perfil, origem,


sistema de atividades e o universo de atuação do empreendedor.


Esse termo evoluiu de acordo com as definições dadas pelos seus


utilizadores. O economista Joseph Schumpeter definiu o empreendedor, em 1950,


como uma pessoa com criatividade e capaz de fazer sucesso com inovações. Para


K. Knight (1967) e Peter Drucker (1970) significava que uma pessoa empreendedora


precisa arriscar em algum negócio. E em 1985, Pinchot determinou o conceito de


intra-empreendedor (empreendedor dentro das organizações).


Três períodos da utilização do termo empreendedorismo foram


determinados no texto EMPREENDEDORISMO... (2007):


a) século XVII: primeiros indícios de relação entre assumir riscos de


empreendedorismo ocorreram nessa época, em que o empreendedor


estabelecia um acordo contratual com o governo para realizar algum


serviço ou fornecer produtos. Nessa época Richard Cantillon foi um dos


primeiros a diferenciar o empreendedor (aquele que assume riscos) do


capitalista (aquele que fornecia o capital);


b) século XVIII: nesse século o capitalista e o empreendedor foram


finalmente diferenciados, provavelmente devido ao início da


industrialização que ocorria no mundo, através da Revolução Industrial;


c) final do século XIX e início do XX: os empreendedores foram


freqüentemente confundidos com os administradores, sendo


analisados meramente de um ponto de vista econômico, como aqueles


que organizam a empresa, pagam empregados, planejam, dirigem e


controlam as ações desenvolvidas na organização, mas sempre a


serviço do capitalista.


Cardozo e Barbosa ([20-]) citam que nos anos 80 o termo evoluiu devido


aos estudos de duas correntes, que utilizaram os princípios de suas próprias áreas


de interesse para construir o conceito: os economistas, destacando-se Joseph


Schumpeter e Jean Baptiste Say - associaram o termo ao contexto empresarial, no


qual a visão de empreendedorismo limita-se à função do proprietário de uma


empresa; e os comportamentalistas como o historiador, sociólogo e economista Max


Weber e o psicólogo David MacClelland - enfatizaram os aspectos comportamentais,


como a criatividade e a intuição para tentar entender o que leva uma pessoa a


empreender.


Atualmente, conforme Robert Hirsch (2007), é o processo de criar algo


diferente e com valor, dedicando tempo e o esforço necessário, assumindo os riscos


financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes


recompensas da satisfação econômica e pessoal.


“O empreendedor necessita de três características fundamentais para a


sua atuação: técnicas, gerenciais e pessoais” (EMPREENDEDORISMO..., 2007). O


empreendedorismo contemporâneo relaciona-se a qualificação do trabalhador, ou


seja, o profissional deve possuir educação continuada para adquirir conhecimentos,


valores, atitudes, habilidades capacidade inovadora e criativa para trabalhar com


eficiência e eficácia na empresa onde atua. O profissional deve possuir tudo isso e


outras qualidades porque o cenário da Sociedade do Conhecimento é caracterizado


pelo aumento da competitividade, pela reestruturação do trabalho e pela exigência


de um novo perfil de profissional.


Os brasileiros começaram a usufruir do empreendedorismo na década de


90, com a abertura da economia. Segundo Pereira (2004, p. 70) o primeiro curso de


empreendedorismo foi ministrado, em 1981, na Escola de Administração de


Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo. A disciplina Novos


Negócios fazia parte da especialização em Administração para graduados. Em 1984,


o curso foi estendido para graduação, com o nome de Criação de Novos Negócios –


Formação de Empreendedores.


No mundo globalizado o empreendedorismo é peça fundamental, mas na


área da informação começou a ser utilizado, segundo Honesko ([20-]), na década de


80 e ao longo dos anos, surgem estudos direcionados para a área da informação.


Os principais autores dessa área são: White, Riggs, Cottam e Dumont.


Cottam (apud Honesko, [20-]), enfatizava que a instituição biblioteca


precisa de gestores empreendedores, equipe de sonhadores, pessoas para quebrar


a tradição e agir no desenvolvimento de novos papéis e responsabilidades.


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